Os professores e as professoras podem fazer uma greve nacional no dia 26 de abril pelo pagamento do Piso do Magistério.
No dia 19/03, depois de três dias de muitas palestras e debates sobre a conjuntura nacional da educação e sindical na “4ª Plenária Intercongressual Professor João Felício”, os profissionais da educação aprovaram um plano de lutas em defesa da educação pública de qualidade.
O plano inclui mobilização permanente em defesa do pagamento do piso, até que todos os prefeitos e governadores reajustem o piso em 14,94%, de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,36, para uma jornada de no máximo 40 horas semanais, e o governo federal revogue o Novo Ensino Médio (NEM).
O secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, destaca que a guerra para que a Lei do piso (n° 11.738) seja efetivamente cumprida acontece desde o dia 16 de julho de 2008, quando foi sancionada pelo presidente Luíz Inácio Lula da Silva.
“Existe uma insistência de governadores e prefeitos em não cumprirem a lei e ainda buscam todos os artifícios para inviabilizar essa conquista do Magistério, que queremos que seja estendida a todos os trabalhadores da educação, porque as escolas não vivem apenas de professores, existem também merendeiras, serventes, funcionários da administração que precisam e devem ser valorizados”, disse o dirigente. “No dia 26 de abril faremos uma greve nacional pela aplicação da Lei do Piso na carreira e nosso calendário também aponta para a realização de uma Macha em Defesa da Educação em outubro”, explicou Leão.
O dirigente também disse que é importante entender que se trata da aplicação do piso na carreira, porque muitos governantes têm transformado o piso em teto, simplesmente aplicam o reajuste do piso e é isso que fica sendo o salário geral dos professores, tanto os que começaram agora quanto aos que estão na profissão há muito mais tempo.
“Dessa maneira os governantes têm tentado burlar a lei do piso e é por isso que a categoria tem de estar sempre mobilizada para defender o interesse, que não é só da categoria, mas que também é em conquistar uma educação pública de qualidade, que não acontecerá se não houver trabalhadores/as da educação sendo respeitados com dignidade”, destacou Leão.
Fonte: www.cut.org.br (Adaptado)
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